Propaganda menos programa infantil = Lei 5921/2001! Entenda o resultado dessa conta!

Cada vez menos desenhos na tv aberta! Essa é a situação do momento. Mas, porque? Como para tudo nessa vida, para essa situação, também, há uma explicação. O dezinformado repercute a lei 5921/2001 e o que isso tem haver com os desenhos na tv aberta.

Como para tudo o que passa na televisão aberta, só fica no ar o que tem audiência. O programa ter um bom número da audiência, traz consigo a propaganda. E, essa propaganda é sempre com algo relacionado ao que está sendo exibido, pelo tipo de pessoas que assiste a um determinado programa x horário.
Pela manhã não é diferente. Conforme os comerciais entram entre a exibição do programa/desenho, pode-se notar o grande número de produtos para o público infantil é exibido.
Muitas pessoas acham isso ofensivo, pois acreditam fazer a criança crescer com um nível consumista muito alto. Por isso, foi criada a lei 5921/2001.
Mas, o que é essa lei? 
Conhecida, também, pelo nome "Para o bem das crianças" é uma lei que foi apresentada há quase 12 anos, pelo deputado Luiz Carlos Hauly e visa regulamentar a publicidade voltada para crianças, através da proibição da publicidade/propaganda para a venda de produtos infantis. Durante todo esse período o Projeto tramitou na Câmara dos Deputados, e finalmente, no dia 11/9/2013, foi colocado na pauta para votação na Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados.
Em julho deste ano, aconteceu a 1ª Conferência Internacional de Marketing Infantil em São Paulo, onde esse assunto foi muito discutido.
Visões opostas a essa lei foram expostas.
Sebastião Bonfá, presidente da Associação Brasileira de Licenciamentos (Abral), ressaltou os 1500 empregos diretos mantidos pelo setor e os R$ 4 bilhões que os licenciamentos movimentarão em 2009.
"Não somos contra a regulamentação. Mas já existem órgãos competentes que fazem isso, como o Conar", afirmou.
Diretor acadêmico da escola de negócios e direito da Universidade Anhembi Morumbi, Giancarlo Ricciardi, seguiu a mesma linha. "O Estado é falho e carece de especialistas competentes para analisar a área. Não cabe a ele a regulamentação", opinou.
Em defesa da participação do governo na regulamentação da publicidade para crianças, a gerente geral de monitoramento e fiscalização de propaganda da Anvisa, Maria José Delgado, citou números de estudos nacionais e internacionais. Um mostrava que a estrutura da pirâmide de anúncios de produtos alimentícios é exatamente inversa a da pirâmide de alimentação ideal. O outro indicava que, para cada dólar gasto pela Organização Mundial de Saúde para promover uma alimentação saudável, US$ 500 são gastos pela indústria de alimentos para a promoção de seus produtos processados.
"Hoje, essa responsabilidade (de educar os filhos quanto ao consumo de alimentos saudáveis) não pode ser só da família. Ela não tem habilidade para tratar da maneira mais correta sobre esse tema porque os pais foram criados como consumistas", analisou Maria José.
O deputado federal Marco Aurélio Ubiali (PSB-SP) endossou as palavras da gerente da Anvisa. "O Estado, como ente político, tem de ter sua participação. Se deixar o mercado – que tem como essência o lucro – decidir, não teremos uma regulamentação real", enfatizou.
Ao mesmo tempo, temos grandes nomes como o Maurício de Souza, que se não houvesse essa ajuda do mercado da propaganda, talvez, não tivesse alcançado o reconhecimento que sua produtora e personagens tem nos dias de hoje.
Exemplo da expansão de mercado, publicação de uma outra visão da Turma da Mônica

Algo em torno de 70 a 90% do faturamento da Maurício de Sousa Produções vêm dos licenciamentos dos personagens. Foram os licenciamentos que muitas vezes sustentaram as revistinhas. Mas como disse a filha do Maurício de Sousa, em entrevista para O Globo, até a maçã da Mônica não existirá mais, pois a lei não permite o uso de personagens nas embalagens dos produtos.
Se algum dia houve a intenção de surgir um grande estúdio de animação ou de quadrinhos no Brasil, qualquer coisa parecida com uma Disney, Nickelodeon ou Studio Ghibli, a possibilidade, sob essa lei, foi enterrada de vez.
Será que a propaganda mexe de forma tão intensa com as crianças? Mas, essa propaganda sempre existiu, desde os tempos de pernalonga, liga da justiça, bob esponja, corrida maluca e tantos outros milhares de desenhos que exibidos, sempre foram associados a propaganda em seus intervalos.
No Brasil, não são todos que tem o poder aquisitivo de assinar uma empresa que fornece sinal de televisão por assinatura, onde pode assistir os mais variados programas/desenhos.
Uma lei que pode salvar as crianças do consumismo, mas tirar uma das melhores partes da infância, que é o desenho animado.
E, o que você acha?
fontes: http://www.assufrgs.org.br/, br.noticias.yahoo.com/blogs/guy-franco/
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