A vida pessoal nas redes sociais: exposição ou compartilhamento da felicidade?

Hoje em dia é comum você ver todo tipo de foto nas redes sociais. Das mais intimas as mais simples, as mídias sociais se tornaram um lugar onde as pessoas divulgam muito sobre si. O dezinformado fala um pouco sobre essa febre que está longe de acabar...
Mídias Sociais

Facebook, Twitter, Instagram são exemplos de mídias sociais que são as mais "clicadas" atualmente no mundo inteiro.
E, nelas, as pessoas "postam" de tudo sobre suas vidas. Um artigo escrito por Walcyr Carrasco em 2012 é muito interesante:


"Sempre me surpreendo como hoje em dia as pessoas têm coragem de exibir a intimidade. Como têm prazer em se expor. Talvez eu seja conservador.
Lembro que fiz uma reportagem sobre um dos primeiros sex shops abertos em São Paulo. Faz um tempão. Na época, quem frequentava sex shops era discreto. Acho que na intimidade tudo é válido. Antes, intimidade era intimidade. Ou seja, algo que acontecia dentro de uma relação. Poderia ser a troca de segredos entre amigos, simplesmente. As conversas entre pais e filhos. A loucura de um encontro sexual. Ou o cotidiano de um amor. Algo privado, relacionado somente com os envolvidos. Para muitos, a base do amor. A palavra intimidade era sempre associada a delicadeza.
Há quem até venda seus momentos mais particulares. Tornou-se comum a negociação entre atores famosos e patrocinadores nos festejos importantes. Uma atriz conhecida ganhou a festa de casamento inteira para dar exclusividade a uma publicação. Tudo bem, todo mundo tem direito de fazer negócios. Mas o casamento não deveria ser um momento único, de emoção? Ao contrário, recentemente um ator conhecido separou-se de uma estrela de televisão.
A exposição da vida pessoal tornou-se tão comum que se estranha quando alguém é diferente.
Uma das mais conhecidas frases do teatrólogo Nélson Rodrigues é: “Se todos conhecessem a intimidade sexual uns dos outros, ninguém cumprimentaria ninguém”. Está se tornando ultrapassada. Ninguém mais se assusta com a intimidade, principalmente dos famosos. Tornou-se uma forma de atrair os holofotes sobre si. E me assusto ao pensar no que ainda vem por aí." editado, na integra clique: Revistaepoca.globo.com/Walcyr-Carrasco


Ou seja, tudo é compartilhado. E, uma reação, por exemplo, as empresas cada vez mais estão entrando nesse mundo virtual para aprender mais sobre esses "possíveis" clientes. Essa é uma reação do mercado, uma visão deles ao menos.
Mas, ao mesmo tempo, cada vez mais, o limite está menor. Não é difícil acabar se deparando com fotos um pouco fora do "comum". 
Essa exposição é uma linha que vai ou já está sendo ultrapassada pela quantidade de pessoas que utilizam essas mídias, até por talvez, em não ver "maldade" em algo que não se tem uma certa "noção" como o que pode causar com a publicação de uma foto um pouco fora dos padrões. Não entra padrão de beleza ou roupa, por exemplo, é um padrão que é da consciência de qualquer um, daquele que vê! 
A inocência de publicar uma foto que mostra um momento de felicidade ou de se sentir bem acaba com que a pessoa que publica não se alto critica em: Será que essa foto mostra demais?
Não só foto, mais bate papo entra nessa lista. A confiança é tanta que coisas pessoais são ditas que não se tem a certeza que está em conversa somente com uma pessoa.


Não é uma foto que é preconceituosa, mas quem olha para ela e comenta que é! E, está na internet, não tem como não repercutir. 
E, a pergunta: Que "aceitável" é esse? Como dito antes, depende de quem vê! Tem o aceitável que faz parte da consciência de qualquer um, mas é um critério complicado de se determinar, porque, nem todos pensam igual. O que é errado para um, não é errado para outro. Mas, mesmo assim, ainda existe um censo comum para algumas coisas.
Por isso, cuidado com o que publica!
Nem sempre quem vê é tão inocente assim. E, na internet, nada está seguro de forma que sua foto não apareça em algum outro lugar, que você nem faça ideia de como foi parar lá.
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